quinta-feira, 11 de março de 2010

Japonesa Kotobukiya produz bonecos de Ayrton Senna


Lançamento de produto por grande fabricante de colecionáveis mostra a idolatria dos japoneses pelo piloto brasileiro.

A estátua está à venda no Brasil e custa na faixa de 730 reais
No dia 1° de maio de 1994, o jornalista Miyake Masaharu fazia uma transmissão à Fuji TV, direto da pista de ímola, na Itália. Mal continha as lágrimas enquanto anunciava a morte do piloto brasileiro de fórmula 1 Ayrton Senna, momentos antes, naquele local. “Graças a Ayrton Senna, a Fórmula 1 é conhecida no Japão”, dizia com a voz embargada. “A perda é tão forte quanto no Brasil, pois ele possui muitos fãs japoneses”.

Passaram-se 15 anos desde o acidente na curva Tamburello que tirou a vida do campeão. E a admiração japonesa pelo piloto brasileiro sobrevive. No começo de abril, a empresa brasileira Piziitoys lançou no mercado japonês, em parceria com a fabricante de colecionáveis japonesa Kotobukiya, um boneco réplica de Ayton Senna de 37 cm. Em menos de um mês, as mil unidades colocadas no mercado nipônico, que custavam o equivalente a 490 reais cada, esgotaram.

“O Senna é um verdadeiro ídolo no Japão”, explica Renan Orenes, presidente da Piziitoys. “No meio do ano passado, eu tive a ideia de produzir as réplicas para o mercado brasileiro e pedi para utilizar a fábrica da Kotobukiya, no Japão. O Hideo, gerente da área internacional da empresa, ficou muito empolgado com a proposta e quis que a própria Kotobukiya desenvolvesse o projeto e vendesse no Japão. Foi a peça que mais tiveram orgulho de fazer.”

A estátua reproduz, nos mínimos detalhes, a cena de Ayrton Senna erguendo o capacete depois de sagrar-se campeão do Grande Prêmio do Japão, em 1993, na pista de Suzuka. É o primeiro boneco produzido pela Kotobukiya que retrata um herói de carne e osso, já que a fabricante japonesa, uma das mais importantes no mercado, é especializada em reproduzir personagens do universo de games, mangás, animes, HQs e filmes de ficção.

Ao todo, foram produzidas 2,5 mil peças: mil para serem vendidas no Japão, 700 para o Brasil e 800 para a Europa
Quando Ayrton Senna morreu, detinha três títulos de campeão mundial (1988, 1989 e 1991), todos com carros nipônicos da McLaren-Honda. Além disso, representava os valores do esforço e auto-sacrifício, tão caros aos japoneses. Não por pouco, era um herói nacional fora de sua terra natal

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